Atualmente, são dezenas de partidas na telinha toda semana, o que fez com que a audiência do rádio diminuísse a níveis preocupantes. Ainda assim, são milhares de torcedores ligados nas partidas, boa parte deles dentro dos estádios. Só que a tecnologia trouxe um efeito colateral: as pessoas estão deixando de portar aparelhos de rádio e sintonizando o sinal em aparelhos celulares e outros dispositivos móveis. O "problema" com isso é que esses equipamentos não recebem sinais de AM, o que não chega a ser uma heresia, considerando a qualidade do sinal em frequência modulada (FM).

A Regional, também da capital catarinense, faz uma transmissão mais ortodoxa e próxima do AM, o que deve ser louvado. Respeitadas as limitações de tempo que impedem um pré e pós jogos decentes, deve-se louvar as jornadas esportivas da emissora. Mas está angariando ouvintes e ainda não possui o peso de um nome forte no rádio florianopolitano.
Quem poderia incomodar de verdade e a custo baixo é a Guarujá. Detentora de uma frequência FM em Florianópolis, ela poderia fazer uma "cadeia" entre suas emissoras AM e FM, alcançando um público que ainda não possui - o dos usuários de dispositivos móveis - e se aproveitando da equipe já formada e da tradição na cidade. Quem não gostaria de ouvir as transmissões da Guarujá com o sinal límpido e forte da Antena 1? Ademais, ninguém reclamaria da "intromissão", uma vez que a programação em rede da emissora paulista se resume a tocar músicas com raríssimos momentos de informação. Nada que não pudesse ser feito localmente, por pessoas dispostas e com maior retorno para a Guarujá, não tenho dúvidas disso.
Naturalmente, desconheço os detalhes do contrato entre Guarujá e Antena 1 para afirmar se essa estratégia pode ser implementada. De qualquer modo, fica a ideia, que dou de graça pelo apreço que tenho pela emissora: levem seu futebol para o FM, ganhem mais ouvintes, mais anunciantes... e incomodem de verdade a concorrência. No mínimo, seria divertido.
Nenhum comentário
Postar um comentário