quinta-feira, 18 de abril de 2013

Status: aguardando o TJD catarinense


Há aproximadamente um mês (20/03), o Avaí recebeu o Criciúma no estádio da Ressacada, em Florianópolis, em partida válida pelo campeonato catarinense e que terminou empatada em dois gols. Quase ao final do jogo, a torcida da casa reclamou de um possível pênalti não marcado sobre o jogador Marquinhos. O próprio atleta, ao final da peleja, reclamou aos microfones que o Avaí tinha sido "roubado".

Ora, o árbitro de futebol é autoridade máxima em campo e não pode ser chamado de "ladrão" e ficar tudo por isso mesmo. E, embora a súmula do árbitro Célio Amorim não mencionasse o fato, Marquinhos foi denunciado no Tribunal de Justiça Desportiva por por "desrespeitar o árbitro da partida e reclamar desrespeitosamente contra as suas decisões, o que configura a infração disciplinar tipificada no art. 258 do CBJD". Foi absolvido no primeiro julgamento com uma simples advertência, mas o Procurador Geral da entidade, sr. Felipe Branco Bogdan, inconformado com a punição branda, recorreu da decisão, provocando novo julgamento ao atleta avaiano.

Nas palavras do douto Procurador:
"não era uma hipótese a suspensão da pena de suspensão do atleta, em troca de uma advertência. A Procuradoria não entende que seja uma infração de pequena gravidade. A gente sempre tem que contextualizar, são palavras fortes, envolve o árbitro, a Federação. Além do mais ele disse isso para a imprensa, o que ganha um valor maior".
Até aqui, nada a contestar. A lei existe para que seja cumprida e, se o atleta cometeu excesso, merece ser punido. O que causa estranheza - e aqui o fato motivador desse artigo - é que no dia 07 de abril, em partida disputada no mesmo estádio, entre Avaí e Figueirense, o atleta Maylson Barbosa Teixeira, do clube visitante, veio aos microfones afirmando que "esse timinho precisa ser ajudado pelo juiz". Se essa declaração não possui o mesmo teor daquela feita pelo Marquinhos, preciso rever meus conceitos.

Além disso, no mesmo jogo, o senhor Fábio Lopes Maraston, preparador físico do Figueirense, se dirigiu até o árbitro Ronan Marques da Rosa e, como consta na súmula da partida, falou as seguintes palavras:
"seu filho da puta, tu é (sic) um filho da puta".
Dessa forma, este blogueiro, que ainda consegue ser apaixonado por futebol, está aguardando que a  mesma Procuradoria denuncie o atleta Maylson, do Figueirense, bem como o preparador físico do clube, pelas infrações praticadas. Não tenho a menor dúvida que o Tribunal de Justiça Desportiva de Santa Catarina cuidará de aplicar punição severa e exemplar aos envolvidos, pelo bem do futebol.

É preciso aguardar alguns dias, entretanto, dando o tempo necessário para denúncia e julgamento. Marquinhos foi julgado em aproximadamente 20 dias após a partida contra o Criciúma, de modo que, no máximo até o final de abril os funcionários do Figueirense também devem sê-lo, o que vai tirá-los das partidas semifinais (ou finais) do campeonato. Lamentável para o clube, mas é preciso dar o exemplo. Vamos acompanhar os próximos passos dessa "novela" e voltaremos ao assunto.

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