No final do ano passado, em uma visita à Radio Guarujá (1420 Khz em Florianópolis), fiquei triste ao ver o estado em que estava a mais tradicional emissora da cidade. Praticamente abandonada, com alguns abnegados ainda mantendo o sinal no ar, não era nem de longe a potência que me acostumei a ouvir desde criança.
Tinha ido lá apresentar o piloto de um programa esportivo feito por torcedores, que por diversos motivos não foi levado ao ar. Durante a conversa com um desses herois que teimosamente insistiam em, literalmente, não desligar os aparelhos que mantinham a emissora viva, fiquei sabendo dos diversos problemas e do iminente fim daquela que um dia usou com propriedade o slogan "a Guarujá só dá bola pra você".
A única esperança, a luz no fim do túnel, segundo esse profissional, era a promessa de investimentos para 2013, feita por um dos donos da empresa. Saí de lá pouco confiante com qualquer mudança e minha incredulidade só aumentava quando o ano novo chegou e, com ele, a mesma Guarujá agonizando e contando as horas para o fim. Nada indicava que alguma coisa pudesse melhorar, até que...
Em março desse ano, surgiu a notícia da contratação de Chico Lins para trabalhar na emissora. Jornalista e ex-atleta de Futsal, Chico tem motivação e competência suficientes para dar nova cara à Guarujá. Antes dele, chegou o locutor Clodoaldo Pereira, o "caixa", além do anúncio de jornalistas conhecidos do público da Capital, como Dolmar Frizon e Paulo Brito.
Está sendo anunciada para maio (ainda veladamente, é verdade) a "nova programação" da Guarujá. Pelos nomes que surgiram, é notório que a emissora vai focar seus esforços no esporte, em especial no futebol - estratégia que, sob minha ótica, é a mais acertada. Nesse sentido, ela pode dar ainda um salto de qualidade se usar sua frequência de FM (92,1 MHz, ocupada pela Antena 1) para transmitir em cadeia com a rádio AM. Com isso, ganharia a audiência cada vez maior dos dispositivos móveis (que não recebem sinal AM) e teria um diferencial que suas maiores concorrentes não poderiam combater. Transmissão típica de AM com o sinal puro de FM, só a Guarujá teria (volto a falar mais desse assunto em post futuro).
Meu sentimento - e do público em geral - é de torcida pelo sucesso da empreitada. Florianópolis precisa da Guarujá forte e competitiva. É hora de mudar e as ferramentas estão à disposição. Tomara que a rádio não incorra no erro de apenas copiar o que já faz "a líder". Que tenha a necessária ousadia para experimentar, para ouvir o torcedor - eles estão cheios de ideias fantásticas, acredite - e de testar. Vida longa à Guaruja. O público agradece!
sexta-feira, 12 de abril de 2013
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Então a melhor opção para ouvir o nosso avaí nesse 2013 será a guaruja?
ResponderExcluirAbraço!
Certamente, ou ao menos, assim espero. Estou na torcida, pelo Avaí e pela Guarujá!
ExcluirAbraço!