segunda-feira, 29 de agosto de 2011

O trabalho dos "azuizinhos"


Já virou lugar-comum criticar a falta de segurança em Florianópolis e "por toda Santa Catarina". Enquanto o Governador do Estado gasta o tempo e a paciência dos ouvintes para dizer que sente orgulho da segurança pública em SC, não se vê nas ruas segurança de qualquer tipo. Os policiais, se é que ainda existem, fazem parte de uma raça em extinção, pois salvo em cativeiro (dentro dos quarteis) não é possível avistá-los na "natureza".

Ainda assim, não é sobre a Polícia Militar que vou tratar nesse artigo. O que desejo mesmo saber, ardentemente, é onde ainda a polícia responsável pelo trânsito da nossa caótica cidade. De vez em quando, encontro um projeto de "top gun" vestido de azul, óculos escuros, olhando o pára-brisas dos carros à procura de uma oportunidade de multar.

Curiosamente, só fazem isso em carros sem o motorista. Preenchem a multa, colocam no vidro do carro e vão embora, à procura da próxima vítima. Mas experimente parar em fila dupla e ligar o pisca-alerta. Eles não aparecem. Deve haver alguma coisa misteriosa nos pisca-alertas que afugenta os agentes da Guarda Municipal de Florianópolis.

Passo todos os dias, duas vezes, pela Av. Rio Branco, no chamado "centro nervoso" da cidade. Da Padre Roma até o quartel da PM (esquina com a Nereu Ramos) são vários carros parados em fila dupla, na maior cara-de-pau sem que sejam admoestados. Dois pontos desse trecho são especialmente críticos: na primeira quadra, do Planel Towers até a entrada do estacionamento do Angeloni e, na segunda, em frente a um posto dos Correios. Os "espertinhos" aproveitam que as viaturas dos Correios podem parar ali e, sem a menor cerimônia, fazem o mesmo, bem em frente à placas de proibido parar e estacionar. E nada acontece. Aliás, quem foi o gênio que permitiu essa agência dos Correios ali?

O trânsito da região, que já não é grande coisa, fica ainda pior, com as filas se multiplicando. E os "top gun", bem, devem estar muito ocupados multando os carros sem motorista nas ruas paralelas e olhando as menininhas na saída dos colégios. Só pode.

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