Nasci e cresci em Florianópolis. Na adolescência (anos 80), saía de casa a qualquer hora, ia a boates em Palhoça e São José e dormia em pontos de ônibus esperando o primeiro coletivo da manhã para o retorno. Nunca fui assaltado ou abordado por quem quer que seja. Um crime, nas poucas vezes que acontecia, era comentado com horror por semanas. Era a cidade que eu queria viver pra sempre...
Hoje, a violência é tema recorrente em qualquer conversa. No final de semana, uma choperia foi assaltada no Córrego Grande e seus clientes obrigados a deitar no chão. No Centro da cidade, viciados fumam crack à vontade (e não é só à noite. Eu mesmo, num sábado à tarde, encontrei uma mulher fumando em uma escadaria próxima ao meu prédio). Sequestros-relâmpago e assaltos já são tantos que nem viram mais notícia, exceto quando se tranformam em tragédia.
Viramos reféns dos bandidos. Tenho amigos que já fugiram daqui, indo morar em outras cidades, com menor estrutura porém mais "humanas". Estamos sendo expulsos de nossa cidade. Não sei até quando vou resistir nessa cidade que agoniza à espera de ajuda...
segunda-feira, 19 de março de 2007
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