segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Catarinão 2008 - A novela


Como toda boa trama televisiva, o turno do Catarinão 2008 reservou as maiores emoções pro seu final, com ingredientes que deixariam Aguinaldo Silva com vergonha de seus folhetins globais. Nessa novela, os três personagens principais lutam pelo amor da mesma mulher, Catarina, filha do coronel Delfim. Esse, devoto de Santa Catarina de Pádua Peixoto, não esconde sua preferência pelo advogado Dr. Figueira, ainda que vez por outra faça visitas de cortesia aos outros pretendentes.

Vamos conhecer os personagens dessa emocionante novela:

Dr. Alvim Celeste é médico. Clínico-geral. Morou no Centro da cidade por boa parte de sua vida, tendo inclusive dividido apartamento com seu maior rival, Dr. Figueira. Na década de 80, mudou-se para o Sul em busca de novos desafios. Desde então, não tem obtido muito êxito na profissão, embora seus fiéis pacientes continuem acreditando em dias melhores. Para seus críticos, exibe com orgulho um diploma amarelo, em forma de estrela, recebido em 1998.

Dr. Alvim resolveu investir para recuperar seu antigo amor, que há dez anos não lhe dá mais atenção. E vinha fazendo tudo certinho, até seu encontro com o Dr. Figueira, cujo saldo foi uma ressaca(da) sem precedentes. Conseguiu se recuperar, mas foi alvejado por uma flecha indígena na última semana, quando ia pedir a mão de Catarina (já estava de alianças compradas e terno feito), o que o deixou entre a vida e a morte. Fará uma cirurgia delicadíssima nesse domingo, mas os médicos já adiantam que não é possível prever o resultado.

Dr. Figueira é advogado. Nascido na Ilha e radicado no continente, tem obtido destaque nos últimos anos graças ao aperfeiçoamento obtido em diversos cursos, que tornaram seu escritório uma referência em Santa Catarina, sendo há tempos o único do estado com classificação "A" no ranking de profissionais liberais.

No início do ano, o Dr. Figueira andava pela cidade dizendo aos quatro ventos que em 2008 passearia pelo estado "com um pé nas costas" e que Catarina já podia ser contabilizada como mais uma de suas inúmeras conquistas. Para fazer bonito, iniciou uma dieta à base de caldo de Gallo, mas pagou o preço pela sua petulância. Instado a defender um índio Guarani, viu o processo se arrastar até o fim e teve que engolir um acordo que só foi bom para o índio, mas deixou o advogado sem praticamente nada.

Pior ainda foi a intoxicação alimentar obtida após ingerir um prato à base de frutos do mar _ ao que parece, carne de Tubarão _ que o deixou atordoado. Nesse momento, pensou em mudar a dieta (começou até a fritar o Gallo), mas foi medicado pelo "amigo" Dr. Alvim, a quem pagou a consulta com um drinque (três azeitonas em um Martini).

Já se sentindo melhor, acabou comprando um remédio errado, o que o fez piorar sensivelmente (dizem por aí que comprou um medicamento cujo princípio ativo era a droga Aldrovani, que causou forte dor de cabeça no Dr. Figueira). Quando todos contavam com sua morte, o autor da novela resolveu lhe dar uma nova chance, mantendo o suspense até o último capítulo.

Sr. Cris Siúma é engenheiro. De tradicional família do sul do estado (seu pai foi um renomado e saudoso comerciário), passou o início desse ano reformando sua própria casa, para onde voltou há poucos dias.

Cris vinha "correndo por fora", cortejando Catarina de mansinho, com flores e agrados. A moça se interessou por ele, o que despertou a ira dos rivais. Mas Cris continuou firme, enquanto trabalhava na reforma de sua casa. No entanto, inexplicavelmente, na festa de inauguração da nova morada, sentiu um mal súbito que o deixou de quatro. O laudo aponta intoxicação por carne de Tubarão, o mesmo mal que afligiu Dr. Figueira. Coincidência?

Os vilões

Os fatos começaram a despertar desconfiança da população. E, como não poderia faltar em uma boa trama, os vilões apareceram com força e são os principais suspeitos dos estranhos incidentes que aconteceram na pacata cidade. Dizem até que o Coronel Delfim é o mandante dos crimes, com o objetivo de não permitir que Catarina escolha aquele que julga ser o amor de sua vida. Com esse boato correndo solto, os funcionários de sua fazenda passaram a sofrer a antipatia de todos. Um deles, Paul H. G., o "Bezerra", foi inclusive afastado depois que amigos estrangeiros do Dr. Figueira fizeram denúncias contra ele.

Assim, independente do que acontecer aos três rivais (Catarina já disse que vai noivar no domingo _ o casamento só mais tarde), já se sabe que o bando do Coronel Delfim, formado por Sélio A. Morin, Wal Tardeli e Jef Smith será acusado dos crimes. Quem vai pôr a aliança na mão direita? Veja nas cenas dos próximos capítulos, amanhã, nesse mesmo canal.

OBS.: Crônica publicada originalmente no Blog do Castiel

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